quinta-feira, 15 de março de 2007

Museu da Cachaça

PERNAMBUCANO TEM O MAIOR ACERVO
DE CACHAÇA DO MUNDO
Foto e Reportagem: Joanna Mendonça
Um acervo que conta com mais de oito mil garrafas de aguardente de todos os estados do Brasil e de outros 24 paises fazem do empresário José Moisés de Moura, 54, o maior colecionador de cachaça do mundo. Sua mania começou em 1986, quando ao se ver diante de mais de 20 tipos de garrafas diferentes da bebida, ele resolve ter sua própria coleção. Os rótulos passaram a ser visto como “figurinhas” por Moura que queria colecionar, trocar e mostrar para as pessoas. “Tive a idéia de colecionar cachaças quando percebi a influência cultural presente nos rótulos. É como se cada rótulo novo que aparece fosse uma figurinha nova”, diz o colecionador.


As garrafas são todas plastificadas e agrupadas por tema. As referencias vão desde temas musicais e expressões populares, passam pelo futebol, a fauna e flora brasileiras, e chegam a nome próprios de pessoas, brincadeiras de duplo sentido, entre outros. Toda essa diversidade ganhou um lugar especial para ser guardada, o Museu da Cachaça, inaugurado por Moura em dezembro de 98, no município de Lagoa do Carro - Zona Mata de Pernambuco a 61 quilômetros do Recife.


O acervo diversificado e vasto é uma forma de preservar e difundir a história do ciclo da cana de açúcar no Estado. Apesar de ser conhecido como o “homem da cachaça”, por ter o maior numero de aguardente do mundo, José Moura afirma que não bebe. “Não sou cachaceiro, sou cachaçólogo, pois para mim o que vale mesmo é a importância histórica de cada garrafa.” Para ele, a única bebida alcoólica genuinamente brasileira não é objeto de consumo em bar, mas sim de cultura e história – principalmente nas mensagens contidas em seus rótulos.


Reconhecido pela segunda vez em 2005 como o maior colecionador do mundo, pelo do Guinness Book dos Recordes, com um acervo de 6.850 garrafas, Moura pretende continuar desbancando os concorrentes e já espera o terceiro reconhecimento. Através de viagens e mantendo contato com vários colecionadores e curiosos do Brasil e do mundo, o empresário consegue aumentar sua coleção com uma aquisição média de 20 garrafas por mês.


José Moura acredita que o Brasil, somando as marcas extintas e as disponíveis no mercado, já produziu 22 mil tipos de cachaça. A Manjopina foi à primeira industrializada no Brasil. Fundada em 1756 no engenho Manjope, em Igarassú, é exibida com orgulho em uma das paredes do Museu. Outras raridades também fazem parte do acervo, como edição especial da Pitú em homenagem aos 160 anos do Diário de Pernambuco, além das cachaças importadas.

Manjopina / 1756: 1ª Cachaça do Brasil

O Museu conta também com quadros, livros, poesias, piadas, figuras decorativas em miniatura e em tamanho natural. Os visitantes, além de conhecerem o acervo, podem fazer compras de souvenires, experimentar no bar do Papudinho uma boa dose, com direito a tira-gostos típicos da região e ainda tirar fotos com os vários personagens associados à bebida espalhados nas dependências do Museu
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3 comentários:

Carlos Tadeu disse...

Gostei muito do seu relato sobre o Museu da Cachaça!

Moro em São Paulo, mas pretendo visitar o Museu e conhecer pessoalmente o José Moisés ainda este ano.
Iniciei no final de fevereiro um blog sobre a indústria da cachaça, o Trago (wwww.trago.com.br), com a proposta de trocar idéias sobre o negócio da cachaça e a sua crescente presença no mercado internacional.

Anônimo disse...

Parabéns conterrâneo Moura,estive
em visita no museu,é fantástico a diversificação de cachaças, muito organizado,excelente recepção, nota 1000, estou a procura da cachaça(TIRA-GOSTO)era fabricada em Recife/Pe.,

Carlos Lopes disse...

Peço-lhe desculpas pela falha,meu nome é Carlos Lopes,obrigado